domingo, 8 de julho de 2007

Onde deixei minhas chaves?

Bom, mais um fim de semana. Desta vez estou em um projeto onde passo finais de semana (que não são poucos) na localidade do cliente.

Claro que tem algumas vantagens nisso (ponderem por vocês mesmo), uso menos o aeroporto, despesas cobertas, oportunidade de conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes... Bom, se lembrarem de mais alguma coisa, por favor, enviem-me um comentário.

Agora, entre todas as desvantagens imagináveis e inimagináveis, quero comentar sobre uma que pode ate passar despercebido, mas acho constrangedora... A chave de casa.

Tudo bem que depois de algum tempo voce acostuma a chamar o hotel de "casa", mas é muito triste ter que carregar um "cartão" como chave de casa, aliás, como chave do quarto, porque a casa esta sempre aberta. Nada de "Puxa, perdi a chave de casa", se você perde o cartão, sem problemas, o hotel lhe da outro.

No bolso, nada de barulho de chaves. Sabem aquela batida final nos bolsos antes de sair, para conferir se não nos esquecemos de nada? Pois é, as chaves não estão lá. Por isso sempre tenho esta sensação que esqueci algo.

Outra coisa, todo mundo no hotel tem a chave do seu quarto (funcionários, claro). Hoje mesmo estava aqui, escrevendo este texto, completamente concentrado e nem percebi que batiam a porta. Quando dei por mim, já havia uma senhora entrando, olhando minha "arrumação" e perguntava: "Quer que arrume o quarto". Por alguns segundos imaginei minha mãe mandando arrumar o quarto.

Definitivamente preciso achar um hotel com chaves na porta.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Pelo fim do Preconceito Empresarial

Sei que vocês têm acompanhado vários posts irônicos sobre situações cotidianas de consultoria. Gosto muito do tom irônico. Este espaço procura mesmo trabalhar desta forma. Mas não posso deixar de utilizá-lo também para assuntos sérios. É preciso alertar também.

Hoje estou em um cliente retrato do que pior existe no mundo corporativo: o preconceito empresarial. Mas o que vem a ser este preconceito? Simples. Quando vivemos neste mundo de clientes, viajando entre eles, somos sempre um estranho no ninho. Somos profissionais que não pertencem às empresas que passamos. Meros terceiros, meros contratados... Como dizia, este cliente é retrato do preconceito. Veja como formam o e-mail da empresa para terceiros: "nome"_"sobrenome”_NÃO_"empresa"_@"empresa"....
Mas se você é funcionário obviamente fica somente sobrenome e nome. Este Não é muito engraçado: “Você vai mandar e-mail para aquele cara? Olha, ele nem é da empresa.”

Cada cliente tem sua forma peculiar de discriminação. Em um cliente, aplicando um curso, já sofri para conseguir e preparar uma sala, agendada claro, semanas antes (mesmo que os alunos fossem da empresa).
Em outro, durante a apresentação do plano do projeto tive que ouvir a história do: “nossa, por que tanto tempo? Só para vocês ganharem mais, né?”.

Já aconteceu até da Segurança da empresa dizer “Sempre tenho problemas com Terceirizadas”. A empresa de segurança era uma terceirizada.

Acho que o pessoal deve estar confundindo negócios com a História da Colonização do Brasil. Na cabeça deles imaginam o Brasil como uma grade empresa. Os índios como funcionários diretos desta empresa. De repente chegam vários colonizadores, de várias nacionalidades para explorar todo o território.
Tem índios (quem compra) que simpatizam com os estrangeiros que trazem oferendas (quem vende). Porém, a grande massa de índios luta bravamente para expulsar estes intrusos. Até que o grande cacique diz que devem aceitar o que os estrangeiros tem a oferecer.

Pessoal, não há mocinhos e bandidos, nem cowboys e índios. Eu posso te ajudar, mas preciso que você me ajude a te ajudar.

(Tenho também algo a dizer sobre o inverso desta situação, mas isso fica para uma próxima oportunidade).

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Estão chegando as Férias: Vai Viajar?


Desculpem o intervalo entre a última postagem e este novo post. Este final de semana tirei umas férias forçadas de internet.

Entretanto, isso me fez pensar em “Férias”. Creio que este é o mais cobiçado sacramento de qualquer profissional. Até mais que uma promoção... Ok, sem exageros, mas ela vive estampada no rosto dos seus colegas. Quando as férias estão iminentes então, a estampa começa até a piscar.

Acho muito interessante a forma com que lidamos com este período. Todo conhecimento específico profissional é utilizado para gerenciar da melhor forma possível a concretização deste sonho anual. Veja que é possível, para quem vive em meio a tantos projetos, criar o Projeto Férias 2007. Digo “projeto” porque vejo que pessoas levam a sério este termo. Gerenciam budget, riscos, enumeram as variáveis de risco (“Será que chove?”).

Outro conhecimento importante adquirido no trabalho, que vai ser usado é “Viajar”. Sim, viajar é conosco. Agora então que fazemos por projeto autônomo, é muito mais importante que as conexões não atrasem. Se o vôo atrasar não é mais a reunião de Update de Projeto que está em jogo, mas aquela conexão em Amsterdã, já imaginou? Como que se faz agora para pegar o trem até Praga, e continuar no Vôo pra Istambul? (claro que esta loucura só acontece porque no seu planejamento, o budget era um fator de risco).

Planejar uma viagem em grupo é uma tarefa mais ousada. Se foi você quem propôs, parabéns, foi promovido a Coordenador. Agora tem que lidar com anseios e desejos de todos, suas habilidades, a falta delas... Imagine:

“Então, o Márcio não vai mais viajar. Ele vai ter que adiar em virtude do trabalho.”
“Mas como assim, trabalho, agora? Tá bom, ok, vamos ver se achamos alguém com o mesmo perfil. Que tal o Ronaldo? Ele também tem habilidades humorísticas e não perde o foco facilmente, enquanto dirige.
“Hum, pode ser, mas o Ronaldo não fala Tcheco.”
“Ah é, droga! Bom, não tem mesmo como o Márcio adiar o trabalho?

Para estas férias já fiz minhas reservas, passagens e vou viajar para “Casa”. Passar alguns dias deste ano hospedado lá. E quanto a todos os colegas que já estão de escopo de projeto fechado, ou que já estão em plena execução: Boas Férias!
P.S.: Esta charge é perfeita para quem comprou viagens aéreas nas férias, não?