tag:blogger.com,1999:blog-16355164172933021772024-03-14T10:07:09.296-03:00O consultor eremitaConfissões de um consultor vagando solitário pelos clientesUnknownnoreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-23045446683733507262008-11-28T13:57:00.002-03:002008-11-28T14:26:32.225-03:00Queen & YouTubeSempre viajei sozinho a trabalho. Por isto, muitas vezes tive que sair, jantar, passear sozinho também. Mas ontem fiz algo que nunca tinha feito, muito menos na cidade onde eu moro: ir a um show sozinho.<br />Fui ao show do Queen + Paul Rodgers. Todos que chamei para me acompanharem ao show reclamaram do preço, de que sem o Freddie Mercury não valeria e pena, dentre outras desculpas. Em outros tempos, eu até desistiria. Mas, desde que eu prometi a mim mesmo que não deixaria de fazer nada por mesquinharia ou por preguiça, resolvi ir sozinho mesmo.<br />Fui, gostei e não me arrependi nem um pouco. Nem de ter ido sozinho (como tive que chegar cedo, ficar na fila, e esperar o show começar, foi meio monótono ficar este tempo todo jogando Sudoku no celular, e ficar sem beber também, já que se eu precisasse ir ao banheiro, não tinha ninguém para segurar o bom lugar que arrumei), muito menos de ter pago tantos reais para o show do Queen sem o Freddie Mercury.<br />O tal do Paul Rodgers merece um bocado de consideração e respeito. Afinal, não é fácil substituir e ser comparado, aos cinquenta e vários anos, a Freddie Mercury no auge de sua carreira. Entrou e cantou do seu jeito, sem se prender aos trejeitos e frases características de seu antecessor. Por se encaixar melhor nas músicas mais pauleiras, deixou os clássicos onde a voz se destaca mais para os originais Brian May e Roger Taylor. E deixou Love of My Life para o público cantar, e Bohemian Rapsody para o próprio Freddie cantar do telão.<br />Mas o que mais chama a atenção em ir a eventos como este é a quantidade de pessoas que, com o advento dos celulares com câmera e do YouTube, se preocupa mais em filmar o show do que em vê-lo e curti-lo. Eu desisti desta idéia depois do primeiro show que levei a minha câmera, e fiquei mais preocupado em filmar, e nunca vi nenhum destes filmes ou fotos que tirei.<br />Afinal, para que as pessoas filmam o show, e de uma maneira precária e de baixa qualidade? Para ver depois? Se você não prestou atenção na hora em que o show está acontecendo, por que prestaria depois, com imagens e som bem ruins? Para mostrar para os amigos? Isto seria alguma forma de prepotência? "Eu fui, você não?"<br />Apesar de não entender bem isso, agradeço a estas pessoas altruístas, que me permitiram assistir ao show, e ainda ter acesso a todos estes vídeos através do YouTube, sem me preocupar com nada.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-23592454741221715452008-11-24T14:39:00.003-03:002008-11-24T14:54:31.747-03:00MSN x MaconhaOutra notícia que me impressionou nos últimos dias foi um estudo alertando que o MSN provoca um rebaixamento (sic) do QI duas vezes maior que o rebaixamento (sic novamente) provocado pelo consumo de maconha.<br />Já tinha lido (e até concordado) com notícias acerca da dificuldade que o uso constante de MSN e outras formas dinâmicas de comunicação criavam no raciocínio verbal de seus usuários mais assíduos. A escrita via teclado e as formas abreviadas são verdadeiros inimigos da escrita convencional. Senti isso na pele ano passado, ao participar de um curso de redação, e ter que escrever à mão meus textos, 5 a 6 folhas por aula, volume maior do que minhas aulas no segundo grau (há mais de 10 anos atrás - como o tempo passa rápido!). Mas, após retomar este hábito de escrever à mão e pensar melhor no que transmitir ao papel (e, melhor ainda, ter que rasurar meus erros, ao invés de clicar no backspace), as idéias realmente fluem melhor, e me faço comunicar com mais correção e clareza.<br />Mas daí a dizer que passar a noite no MSN, falando com 10 pessoas ao mesmo tempo, sobre 10 assuntos diferentes, até às 03 horas da manhã, causa mais danos do que passar a noite fumando maconha, é exagero, um tanto cômico, diria eu. Tanto que esta matéria foi veiculada num daqueles programas vespertinos femininos (e, é claro, era o maridão quem passava este tempo todo no MSN, ao invés de ficar com a patroa), e corretamente menosprezaada no Top Five do CQC, semana passada.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-68203794168908628062008-11-19T15:48:00.002-03:002008-11-19T15:57:50.157-03:00O tempo passa. Até na vida virtualLi uma notícia, há umas duas semanas, que me chocou um pouco, me fez sentir um pouco mais velho. A nova geração (eu sempre me achei parte da nova geração, já que cresci junto com a Internet, e sempre interagi com esta, mas parece que existem algumas mais novas) utiliza como meios de comunicação os microblogs, sms, twitter, orkut e outras formas bem rápidas, curtas e dinâmicas. Isto significa que o blog e o e-mail são considerados meios de comunicação ultrapassados. Ou seja, caro leitor (se é que você existe), que neste momento lê este texto, num blog, já faz parte de uma geração mais antiga.<br />Acho isso um exagero. Não vejo o blog como algo antigo, e ainda acho que o criador do e-mail merecia um prêmio Nobel, ou pelo menos uma estátua em praça pública em cada cidade com mais de um habitante conectado à Internet (eu adoro e-mails! Me fazem evitar algo que eu detesto fazer: falar ao telefone!). Mas também não sou mais nenhum jovem para ditar tendências, ou ter o tempo livre que qualquer jovem tem (e que eu também tinha) para ficar de papo num mIrc da vida, e descobrir o que eles estão fazendo.....<br />O tempo passa. Até na Internet.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-45634292383813322192008-11-11T16:09:00.001-03:002008-11-11T16:09:23.912-03:00Fórum, Poesias, Eterno Amor, e outras tags de Literatura<div>Esta minha preocupação com o que e como escrever me fez participar do Fórum das Letras de Ouro Preto. Não, não resolvi ainda ser um escritor profissional, nem estudar para isso, muito menos pedir demissão do meu atual emprego para viajar e tomar parte em discussões literárias de alto nível. Apenas aproveitei minha estada profissional em Ouro Branco, que pelo nome é intuitivo imaginar que seja perto de Ouro Preto. Pois realmente é, apenas uns quarenta minutos de carro.</div> <div>Resolvi aparecer, certo de que seria um evento bem mais movimentado do que as usuais noites em Ouro Branco. Mas não foi. Só tive tempo (e paciência) de assistir ao final de uma mesa com Nelson Motta e Lobão, acerca de movimento musical e espaço para novas bandas (mas o Fórum de Letars? Será que, por Letras, eles contam Letras de músicas?), e o início da mesa seguinte, sobre memória e ressentimentos, onde um professor de hebraico e três ilustres escritores judaicos desconhecidos citavam e recitavam obras e poemas judaicos, assunto do qual não conheço (nem fiz muita questão de passar a conhecer).</div> <div>Feito isto, minha participação no Fórum seria finalizada num bar, com show e microfone aberto para poesias. Ao chegar no local, uma música bem alternativa, com decoração e pessoas do mesmo porte. Destaque para um poeta que se apresentou como "Joker Índio, o poeta de todas as ruas" e veio à minha mesa vender seu trabalho. Eu, como um bom incentivador da cultura nacional, resolvi comprar seu livreto de poesias, mas não tive coragem suficiente para comprar o CD, onde ele recita as poesias, muito menos o DVD, onde ele executa uma performance (??!?) das mesmas! Deixei para a próxima vez...</div> <div>Li o livrinho, bem interessante, mas continuei sem paciência, por isso apenas jantei e fui embora, sem participar do sarau de poesias. Fui embora com a impressão que, apesar de gostar de escrever e me dedicar para manter este blog, nao tenho perfil para ser alguém do mundo das Letras (como meus distintos colegas de Fórum).</div> <div>Para terminar, parte do poema "Eterno Amor", de Joker Índio:</div> <div>"...Que o nosso amor se eternize na minha barriga grande de cerveja e no aparecimento dos teus pés de galinha!?"</div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-56741742037589502302008-11-10T15:24:00.000-03:002008-11-10T15:25:00.493-03:00A capcidade de escrever<div>Desde que decidi voltar a escrever no blog, tenho tido uma dificuldade imensa de escrever, de encontrar assuntos interessantes o suficiente para serem expostos. Como eu escrevo bastante sobre problemas (e isso definitivamente É um problema), por que não sobre isto escrever?</div> <div>Quando resolvi fazer o blog, eu criei uma rotina de escrever, e de sempre registrar idéias que porventura surgissem, estivesse eu em qualquer lugar. Este hábito fez com que idéias e textos surgissem com bastante naturalidade e até com uma certa frequência, o que facilitou demais o meu trabalho. Será que a habilidade de escrever é um dom natural, ou é algo que pode ser adquirido, com exercício, estudo e prática?</div> <div>De qualquer maneira, depois deste tempo todo sem preencher o blog, perdi o hábito, e está difícil retomar. Outro fato que me passa pela cabeça é que, antigamente, eu trabalhava numa empresa onde coisas desagradáveis aconteciam usualmente. Hoje em dia, em minha nova empresa, as coisas fluem melhor, e não me irrito com faltas de educação ou de sensibilidade, tão comuns outrora. Assim, não tenho mais do que reclamar, logo não tenho mais do que escrever? Preciso aprender rapidamente a falar sobre coisas boas... Ou será que só as desgraças é que nos trazem ibope?</div> <div> </div> <div>PS: Só de escrever este post, já tive idéias para outros dois. Realmente parece que colocar a mão na massa inspira a criatividade. Só espero que sejam posts melhores do que este.... Vou até anotar as idéias.....</div> <div> </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-57649000241301442182008-11-04T15:16:00.001-03:002008-11-04T15:16:48.187-03:00O caminho do meio<div>O preceito primordial do budismo diz que o melhor caminho é o do meio. Sem excessos, sem omissões, nem tanto nem tão pouco.</div> <div>Pois o ritmo da minha vida nas últimas semanas tem açoitado este preceito, deve ser por isso que estou longe de parecer um monge budista, mais longe ainda do Nirvana.</div> <div>Vou usar como exemplo da última sexta-feira. Como meu projeto depende da ajuda e da boa vontade de pessoas alheias (sim, estas pessoas serão as mais beneficiadas quando o projeto acabar, mas elas não sabem, ou não acreditam, nisso ainda....), pessoas estas com várias tarefas, reuniões o dia inteiro, problemas a resolver com a crise, etc, não consigo preencher todo meu tempo útil com trabalho, por isso passo grandes períodos na velocidade "à toa".</div> <div>Em contra-partida, por eu estar viajando, as tarefas da minha vida pessoal se acumulam para serem executadas da noite de sexta-feira até domingo. Já dá para imaginar como o fim de semana é corrido e o tempo escasso.</div> <div>Depois desta explanação, chego finalmente ao exemplo da sexta. Pela manhã, trabalhei, ou pelo menos estava à disposição do projeto. Não fiz muito porque não tinha nenhuma reunião agendada, adiantei algumas coisas (nada de mais), mas não podia ir embora, porque para os clientes minha presença é importante, mesmo que não esteja fazendo nada de útil. Fiquei neste ritmo até meio-dia, quando dei início à minha maratona (ou seria aos meus 100 metros rasos, que nunca acabavam?).</div> <div>Gastei 45 minutos para sair da Usina, entre esperar um carro que não veio, pegar uma Kombi que dá a volta por este mundo todo, e andar até meu carro alugado. Daí, eu tinha as exatas duas horas de viagem até o aeroporto, que seriam suficientes, em condições normais, para lá chegar, fazer meu check-in, pegar meu avião e ir direto de Congonhas para a concessionária, onde buscaria meu carro novo, que tinha acabado de comprar (aqui que entra a minha vida pessoal).</div> <div>Eis que, decorrida uma hora de viagem, começa a desabar o maior temporal que já vi em toda a minha vida. Dirigir um Palio 1.0 numa estrada subindo, meio esburacada, cheio de caminhões levando e trazendo terra, minério, aço, e outros produtos que deixam vestígios pelo caminho, debaixo de uma chuva torrencial, onde 10 metros eram o limite de visibilidade, poderiam ter assustado algum prudente motorista. Mas minha obsessão pelo horário era tão grande, que aumentei minha adrenalina, pisei fundo e continuei, afinal precisava chegar, senão todo meu planejamento do fim de semana iria por água abaixo, literalmente.</div> <div>Resultado: após algumas derrapadas pelo caminho (parecida com as de Lewis Hamilton, enquanto ele estava perdendo o Mundial de F1 no domingo), cheguei a tempo no aeroporto. A tempo de constatar que meu vôo estava atrasado.</div> <div>Depois de algumas horas de estresse, voltei ao meu marasmo, mas não sem deixar o nervosismo de lado. Para resumir a história, cheguei uma hora e meia atrasado em Congonhas, o aeroporto estava insuportável, cheguei na concessionária meia hora depois de ela ter fechado, mas o vendedor, em toda sua boa vontade, me esperou, e consegui pegar meu carro.</div> <div>A vida está assim: revezamentos entre marasmos e adrenalinas. Isso não faz bem. Com certeza um caminho numa velocidade constante seria mais saudável (nem tão emocionante, mas quem disse que emoções o tempo todo fazem bem?). Buda tinha razão.</div> <div> </div> <div>PS: Pela extensão do texto, acho que dá para perceber que o marasmo voltou e ficou......</div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-62775107774174942492008-10-31T08:45:00.001-03:002008-10-31T08:45:49.942-03:00O tempo e a cidade<div>Há uma grande contradição onde você passa seu tempo, meu breve leitor. O ideal em nossas vidas seria termos mais tempo livre em lugares onde existissem mais opções de lazer e de cultura. Mas parece que não é bem assim. As variáveis <em>tempo livre</em> e <em>coisas para fazer</em> são inversamente proporcionais.</div> <div>Tome meu exemplo. São Paulo, pode-se dizer, é uma cidade que não dorme, ou que dorme muito pouco. Restaurantes, bares, mostras de cinema, teatro, essas são algumas das variadas opções de atividades que temos acesso. Mas quando consigo passar minha semana de trabalho por lá, perco tempo no trânsito, em bancos, me locomovendo, em reuniões. O que sobra para saborear estes deleites metropolitanos é escasso, e o cansaço me faz abrir mão dessas oportunidades.</div> <div>Se ainda persistes na leitura, veja minha situação atual, numa pacata cidade interiorana, onde tenho a felicidade de sair cedo de meu posto de trabalho e chegar ao hotel antes das 18h00. Mesmo que vá dormir cedo, tenho pelo menos cinco horas de tempo para atividades diversas! Mas onde estão elas, neste, perdoam-me o sacrilégio, "fim-de-mundo" (ou apenas seu começo)?</div> <div>Vivo neste dilema. Uma semana de quebra de rotina em uma cidade destas, é até confortável, pois me dá tempo de me organizar, dar minhas corridas, descansar, e até voltar a escrever neste blog. Mas, a partir da segunda semana, o tédio começa a aumentar. O que dirá então de um projeto sem data para acabar?</div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-41530669120747994922008-10-29T20:54:00.002-03:002008-10-29T21:10:20.879-03:00Consultor, de novo e sempre. Eremita? Por enquanto, sim......Voltei. Voltei a escrever. Voltei a ser consultor. O primeiro por causa do segundo.<br />Depois de idas e vindas, tentativas e fracasssos, descobri (ou constatei) que eu gostava do meu trabalho, do que fazia, só não gostava da empresa onde eu estava, de como as pessoas me tratavam, e do fato de a expressão "vida pessoal" não existir em seu dicionário. Será que, se eu encontrasse um lugar mais agradável para fazer a mesma coisa, não seria mais feliz?<br />Pois foi o que fiz, afinal, era impossível que todas as empresas fossem "daquele" jeito. Encontrei um ambiente mais leve, onde as pessoas são tratadas como tais, e onde depois do expediente (que tem hora para acabar) cada um vai cuidar de sua vida pessoal.<br />Depois de um tempo de maturação, resolvi voltar a escrever. Assumi de vez a condição de consultor, mas hoje estou bem resolvido com relação a isto. Por vezes sou eremita, por vezes não, mas a tendência é que fique cada vez menos tempo vagando sozinho Brasil afora.<br />Senti vontade de voltar a escrever. Não para ser lido, para ganhar dinheiro com um blog (como pensei outrora), mas apenas para registrar meus momentos, para praticar a escrita, o raciocínio, e o português. Fui motivado também pela minha chefa, que após uma conversa pelo Skype, me presenteou com o livro <span style="font-style: italic;">Para ler como um escritor</span>, o que aguçou minha leitura crítica e minha disposição a colocar por escrito meus pensamentos.<br />Com isso, vou passar a escrever frequentemente de novo. Espero que esta disposição, e minha motivação como consultor, se mantenham por um bom tempo....Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-48923866963135146202008-04-17T15:21:00.002-03:002008-04-17T15:33:48.347-03:00Ah... o Leblon!Quando fui para São Paulo, eu disse: só voltaria ao Rio se fosse para o Leblon (quem conhece o Rio, sabe o porquê disso). Consegui um emprego na área financeira, de uma incorporadora imobiliária em franco crescimento. Resumindo: nada de viagens; possibilidade de voltar a estudar; morar na Zona Sul; fins de semana em casa; uma vida mais tranquila.<br />Em nenhum momento me preocupei com o que iria fazer por lá. Afinal, eu gostava de economia, e não poderia ser ruim trabalhar fazendo contas 08 horas por dia, 05 dias por semana. Além do mais, por ser uma empresa judia, sexta-feira às 17h00 o expediente TINHA que acabar.<br />Mas não foi nada disso. Empresa crescendo é sinônimo de mais trabalho; sem novas contratações e sem horas extras pagas. Aos fins de semana tínhamos lançamentos em stands. Por a empresa ser judia, não se trabalhava aos sábado, até às 17h00. Mas daí em diante, e o domingo inteiro, tinha que trabalhar. E, se não bastasse isso, a vaga era no Contas a Receber, ou seja, deveria fazer a coisa que eu mais detesto neste mundo: ficar o dia inteiro no telefone, cobrando as pessoas e ouvindo desaforos. Estava evidente que isso não ia dar certo, por mais que tivessem me avisado antes (e eu não quis prestar atenção).<br />Menos de três meses depois, mesmo antes de acabar o período de experiência, pedi demissão, mais uma vez.<br />E agora, o que fazer da vida? Eu não estava satisfeito com nada, nada dava certo... Para onde partir? E, mesmo que fosse para um novo lugar, será que daqui a alguns meses, tudo não daria errado de novo?Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-60502407806355257742008-04-16T15:23:00.002-03:002008-04-16T15:49:24.530-03:00A Bahia me mostrou o que há de bom na vidaEssa história começa em Macaé e termina em Arraial d'Ajuda.<br />O último projeto em que trabalhei foi em Macaé (a empresa, você adivinha qual seja?). Toda segunda-feira às 09 horas da manhã, estava eu no ônibus para lá. Era nesse momento que minha barriga começava a doer. A sensação durante a viagem era horrível. E ela persistia durante todo o dia. À noite, ao chegar no hotel, tomar um banho, e me sentir melhor, não conseguia aproveitar um passeio pela orla e jantar em um de seus restaurantes: minhas refeições eram à base de Activia e produtos derivados de coisas integrais. Mas isso não evitava que acordasse durante a madrugada.<br />Fiquei preocupado. Passei semanas neste projeto, passando mal toda segunda-feira. Minha namorada, no auge de sua residência em proctologia, divagava sobre possibilidades, exames mirabolantes e doenças com nomes impronunciáveis. Mas eu sabia a origem do mal, e como repará-lo.<br />Ao fim do projeto, saí de férias. Destino: Arraial d'Ajuda, pousada de um primo meu. 10 dias de cerveja e camarão na beira da praia, olhando despreocupado para o horizonte. Ócio total. Uma alimentação baseada em álcool, pimenta e frituras. Mas, mesmo assim, não é que parei de passar mal de uma vez?<br />Foi neste momento que desisti dessa vida. Uma vida de viagens e importantes projetos é glamourosa, mas convenhamos: ficar em Macaé não tem nada de bom.<br />Se não podia viajar para boas cidades, e mesmo se viajasse, se não tivesse tempo para aproveitá-las, de nada valia. Preferi uma vida mais pacata, mais calma. Se fosse para ganhar algum dinheiro (não muito), que fosse de um jeito que pudesse gastá-lo. Nestes momentos, eu sempre lembro do <a href="http://www.toquinho.com.br/letras/100.htm">Testamento</a> de Toquinho e Vinicius. A vida é mais do que isso.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-47385698590800218622008-04-16T15:02:00.003-03:002008-04-16T15:08:56.690-03:00É tudo igual, mas fala diferente!Há muito tempo não escrevo. Desde que saí de férias do meu emprego como consultor, e para lá não mais voltei. Afinal, se a temática básica do blog era sobre a vida de um consultor vagando por seus clientes, como poderia continuar escrevendo sem ser um consultor?<br />Nesse meio tempo, fiz algumas coisas; algumas valem um post exclusivo; outras, não valem nem ser comentadas.<br />Mas agora acredito que estou prestes a voltar a ser um consultor. Por isso me propus a voltar a escrever. Claro que a reportagem da Info sobre blogueiros ganhando dinheiro foi um incentivo a mais.<br />Histórias a serem contadas sempre existem. Histórias sobre abandonar a engenharia, ir para finanças, fazer testes vocacionais, prestar concursos públicos, ficar à toa em casa, e voltar. Voltar para a vida que eu tanto reclamava, mas que no fundo gostava. Fazer tudo igual, mas de um jeito diferente.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-49075122786516929912007-07-08T15:29:00.000-03:002007-07-08T15:33:00.988-03:00Onde deixei minhas chaves?Bom, mais um fim de semana. Desta vez estou em um projeto onde passo finais de semana (que não são poucos) na localidade do cliente.<br /><br />Claro que tem algumas vantagens nisso (ponderem por vocês mesmo), uso menos o aeroporto, despesas cobertas, oportunidade de conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes... Bom, se lembrarem de mais alguma coisa, por favor, enviem-me um comentário.<br /><br />Agora, entre todas as desvantagens imagináveis e inimagináveis, quero comentar sobre uma que pode ate passar despercebido, mas acho constrangedora... A chave de casa.<br /><br />Tudo bem que depois de algum tempo voce acostuma a chamar o hotel de "casa", mas é muito triste ter que carregar um "cartão" como chave de casa, aliás, como chave do quarto, porque a casa esta sempre aberta. Nada de "Puxa, perdi a chave de casa", se você perde o cartão, sem problemas, o hotel lhe da outro.<br /><br />No bolso, nada de barulho de chaves. Sabem aquela batida final nos bolsos antes de sair, para conferir se não nos esquecemos de nada? Pois é, as chaves não estão lá. Por isso sempre tenho esta sensação que esqueci algo.<br /><br />Outra coisa, todo mundo no hotel tem a chave do seu quarto (funcionários, claro). Hoje mesmo estava aqui, escrevendo este texto, completamente concentrado e nem percebi que batiam a porta. Quando dei por mim, já havia uma senhora entrando, olhando minha "arrumação" e perguntava: "Quer que arrume o quarto". Por alguns segundos imaginei minha mãe mandando arrumar o quarto.<br /><br />Definitivamente preciso achar um hotel com chaves na porta.Fêhttp://www.blogger.com/profile/10063002934952089796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-8919204959671825882007-07-03T23:50:00.000-03:002007-07-04T10:56:34.708-03:00Pelo fim do Preconceito EmpresarialSei que vocês têm acompanhado vários posts irônicos sobre situações cotidianas de consultoria. Gosto muito do tom irônico. Este espaço procura mesmo trabalhar desta forma. Mas não posso deixar de utilizá-lo também para assuntos sérios. É preciso alertar também.<br /><br />Hoje estou em um cliente retrato do que pior existe no mundo corporativo: o preconceito empresarial. Mas o que vem a ser este preconceito? Simples. Quando vivemos neste mundo de clientes, viajando entre eles, somos sempre um estranho no ninho. Somos profissionais que não pertencem às empresas que passamos. Meros terceiros, meros contratados... Como dizia, este cliente é retrato do preconceito. Veja como formam o e-mail da empresa para terceiros: "nome"_"sobrenome<sobrenome><nome>”_NÃO_"empresa"_<nome>@<empresa>"empresa"....<br />Mas se você é funcionário obviamente fica somente sobrenome e nome. Este Não é muito engraçado: “Você vai mandar e-mail para aquele cara? Olha, ele nem é da empresa.”<br /><br />Cada cliente tem sua forma peculiar de discriminação. Em um cliente, aplicando um curso, já sofri para conseguir e preparar uma sala, agendada claro, semanas antes (mesmo que os alunos fossem da empresa).<br />Em outro, durante a apresentação do plano do projeto tive que ouvir a história do: “nossa, por que tanto tempo? Só para vocês ganharem mais, né?”.<br /><br />Já aconteceu até da Segurança da empresa dizer “Sempre tenho problemas com Terceirizadas”. A empresa de segurança era uma terceirizada.<br /><br />Acho que o pessoal deve estar confundindo negócios com a História da Colonização do Brasil. Na cabeça deles imaginam o Brasil como uma grade empresa. Os índios como funcionários diretos desta empresa. De repente chegam vários colonizadores, de várias nacionalidades para explorar todo o território.<br />Tem índios (quem compra) que simpatizam com os estrangeiros que trazem oferendas (quem vende). Porém, a grande massa de índios luta bravamente para expulsar estes intrusos. Até que o grande cacique diz que devem aceitar o que os estrangeiros tem a oferecer.<br /><br />Pessoal, não há mocinhos e bandidos, nem cowboys e índios. Eu posso te ajudar, mas preciso que você me ajude a te ajudar.<br /><br />(Tenho também algo a dizer sobre o inverso desta situação, mas isso fica para uma próxima oportunidade).Fêhttp://www.blogger.com/profile/10063002934952089796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-28208695001019093222007-07-02T19:53:00.000-03:002008-11-13T10:41:38.425-03:00Estão chegando as Férias: Vai Viajar?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuKnTr3wSVAuveHcwPFEe5cPpyshMp8IlgWV1cTFfLuBk3l6IDfHzkO68PPrsN8JbJX8EBgqDSXqO1O8if67tUsn6WoPqirzuz2Dqzn4OIatzfhEXxvKLoNppuIy_IPTkREiJl9hl9pftc/s1600-h/F%C3%A9rias.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5082738521710183922" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuKnTr3wSVAuveHcwPFEe5cPpyshMp8IlgWV1cTFfLuBk3l6IDfHzkO68PPrsN8JbJX8EBgqDSXqO1O8if67tUsn6WoPqirzuz2Dqzn4OIatzfhEXxvKLoNppuIy_IPTkREiJl9hl9pftc/s320/F%C3%A9rias.gif" border="0" /></a><br /><div>Desculpem o intervalo entre a última postagem e este novo post. Este final de semana tirei umas férias forçadas de internet.<br /><br />Entretanto, isso me fez pensar em “Férias”. Creio que este é o mais cobiçado sacramento de qualquer profissional. Até mais que uma promoção... Ok, sem exageros, mas ela vive estampada no rosto dos seus colegas. Quando as férias estão iminentes então, a estampa começa até a piscar.<br /><br />Acho muito interessante a forma com que lidamos com este período. Todo conhecimento específico profissional é utilizado para gerenciar da melhor forma possível a concretização deste sonho anual. Veja que é possível, para quem vive em meio a tantos projetos, criar o Projeto Férias 2007. Digo “projeto” porque vejo que pessoas levam a sério este termo. Gerenciam budget, riscos, enumeram as variáveis de risco (“Será que chove?”).<br /><br />Outro conhecimento importante adquirido no trabalho, que vai ser usado é “Viajar”. Sim, viajar é conosco. Agora então que fazemos por projeto autônomo, é muito mais importante que as conexões não atrasem. Se o vôo atrasar não é mais a reunião de Update de Projeto que está em jogo, mas aquela conexão em Amsterdã, já imaginou? Como que se faz agora para pegar o trem até Praga, e continuar no Vôo pra Istambul? (claro que esta loucura só acontece porque no seu planejamento, o budget era um fator de risco).<br /><br />Planejar uma viagem em grupo é uma tarefa mais ousada. Se foi você quem propôs, parabéns, foi promovido a Coordenador. Agora tem que lidar com anseios e desejos de todos, suas habilidades, a falta delas... Imagine:<br /><br />“Então, o Márcio não vai mais viajar. Ele vai ter que adiar em virtude do trabalho.”<br />“Mas como assim, trabalho, agora? Tá bom, ok, vamos ver se achamos alguém com o mesmo perfil. Que tal o Ronaldo? Ele também tem habilidades humorísticas e não perde o foco facilmente, enquanto dirige.<br />“Hum, pode ser, mas o Ronaldo não fala Tcheco.”<br />“Ah é, droga! Bom, não tem mesmo como o Márcio adiar o trabalho?<br /><br />Para estas férias já fiz minhas reservas, passagens e vou viajar para “Casa”. Passar alguns dias deste ano hospedado lá. E quanto a todos os colegas que já estão de escopo de projeto fechado, ou que já estão em plena execução: Boas Férias!</div><div> </div><div>P.S.: Esta charge é perfeita para quem comprou viagens aéreas nas férias, não?</div>Fêhttp://www.blogger.com/profile/10063002934952089796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-11504250347577575222007-06-27T23:59:00.000-03:002007-06-28T14:18:14.895-03:00Você Jura Dizer a Verdade, Nada Mais que a Verdade?Em uma viagem internacional, o sonho ou pesadelo é passar pela alfândega, no retorno do vôo. Claro que ninguém sonha em passar, mas em passar direto, sem necessidade de revista.<br />É possível acompanhar uma pessoa na fila "Nada a Declarar" e acompanhar sua "Cara de Poker". O cidadão tem um bom jogo na mão. Mas ele não gesticula. Olha apenas ao relógio, mas o esconde rápido (pagou mais que 500 dólares 2 dias atrás). Ele tenta esconder de todo mundo seu jogo. Chegou o momento, o adversário o encara. Ele entrega a aposta (seu formulário com nada a declarar). O adversário paga pra ver. Bom, agora você tem que explicar como tinha "5" ases na mala.<br />O interessante na fila do "Nada a Declarar" é que ela é infinitamente maior que a fila para declarar. Esta cena assemelha-se e muito àquela pessoa que vemos em telejornais, na saída de um Fórum (réu de algum caso) com seu "Não tenho nada a declarar". Ou um político suspeito, na saída de uma CPI. Claro que eles têm algo a declarar, e eles têm muito, o fato é que "Não quero declarar".<br />Quando penso nisso, gostaria de saber se eu também trago a mesma cara de culpado que estas pessoas nos aparentam.Fêhttp://www.blogger.com/profile/10063002934952089796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-50682019372518049062007-06-26T13:26:00.001-03:002007-06-26T13:26:59.522-03:00As idéias estão no ar<div>Comecei este blog porque de vez em quando surgiam idéias na minha mente, que achava que poderia compartilhar com as pessoas. Às vezes, as soltava numa roda de amigos, numa mesa de bar. Resolvi então juntar todas num lugar só, que eu pudesse desenvolvê-las e divulgá-las, para que mais pessoas pudessem ler, comentar e criticar. </div> <div>Mas só tomei fôlego para criar o blog depois que consegui registrar algumas destas idéias, e ter uma reserva de idéias para que pudesse manter uma rotina de posts, mesmo em dias que nada brotasse de minha mente, ou que eu estivesse realmente muito ocupado com o trabalho (que foi o que aconteceu na semana passada, trabalhando todo dias até as 22h00 não tive como escrever no blog). </div> <div>Com isso, estou começando a me disciplinar em registrar de alguma maneira qualquer idéia que surgisse, no lugar que fosse. A maioria eu escrevo no celular, e quando dá eu desenvolvo num post.</div> <div>Depois de divulgar meu blog, descobri que vários amigos meus também têm estes lampejos de idéias, que também poderiam escrever um blog e divulgá-las, mas que não registram, e estas idéias vão embora da mesma maneira que vieram. </div> <div>O mundo deve estar cheio de idéias voando por aí, idéias que surgem na mente de alguém durante a noite, no banho, ou nos lugares em que mais nos encontramos relaxados. Se não escrevemos, se não desenvolvemos estas idéias, elas fogem, e daqui a pouco vão aflorar a mente de outra pessoa. Aí, se você esqueceu da idéia cinco minutos depois que a teve, só vai lembrá-la quando aparecer no jornal, registrada pela mente de alguém em outro lugar do mundo. </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-89257680323066080682007-06-24T22:03:00.001-03:002007-06-24T22:13:43.981-03:00Crise aérea?? Que crise??Quem leu o último post percebeu que estava por dentro do caos aéreo ocorrido na semana, e que estava preocupado com tal situação, porque toda semana preciso pegar avião para ir e para voltar, e era este o caso na sexta-feira.<br />Saí de Macaé tarde, tendo que chegar no Rio de Janeiro, para pegar o vôo para São Paulo às 21h25. Cheguei no Santos Dumont às 20h50, em cima da hora, já preparado para filas no check-in, atrasos de mais de uma hora, avião tendo que pousar em Guarulhos, ou até em dormir no Rio e viajar no sábado pela manhã.<br />E foi aí que o mundo conspirou a meu favor.<br />O check-in não tinha fila, o fiz imediatamente. Vi no telão, e confirmei com a moça que me atendeu, que o meu vôo estava no horário (ao contrário de TODOS os outros). Fui para a sala de embarque, nenhuma fila no raio-x. Achei que tinha tempo de procurar alguns amigos que sempre estão no aeroporto às sextas à noite, de ir ao banheiro e até de tomar um café, mas foi só entrar que meu embarque foi ANTECIPADO e abriu às 21h00. Na hora que entrei no avião, percebi que, mesmo sem pedir, a moça no check-in me deu uma janela, a poltrona 11A. Para quem não sabe, no Airbus da TAM, a fileira 11 é aquela da saída de emergência, onde a da frente não pode reclinar para trás, a sua reclina, e tem um baita espaço entre elas. O vôo decolou na hora exata, cheguei às 22h10 em Congonhas, minha mala foi a primeira a aparecer na esteira, não tinha fila no ponto de táxi, cheguei em casa às 22h45!<br />No meio de todo o caos, surgiu um oásis.....Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-73812062884435382322007-06-20T13:50:00.001-03:002008-11-13T10:41:38.725-03:00Aeroporto para quem precisa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYUSsTCGrBxRZ4YhB2BQzdD0SdX_wFQe0KGBNdPwJnR1K8kYImmbhDo70IDQf8upLYHK0sPME3uJwzUcL6Ku4XgGfsxp-JRgtySS7ONNryPGP0fBYCFakcETuu323EfPLqG8HgS3jJeo/s1600-h/quadroaeroporto.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5078190600105319794" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjYUSsTCGrBxRZ4YhB2BQzdD0SdX_wFQe0KGBNdPwJnR1K8kYImmbhDo70IDQf8upLYHK0sPME3uJwzUcL6Ku4XgGfsxp-JRgtySS7ONNryPGP0fBYCFakcETuu323EfPLqG8HgS3jJeo/s320/quadroaeroporto.jpg" border="0" /></a><br /><div>Todo este caos no setor aéreo brasileiro teve um início, mas parece não ter um fim. É um pouco estarrecedor saber que a situação é crítica há algum tempo, e um acidente trágico foi a válvula de escape para a verdade vir à tona e começar a atingir em cheio a população, que paga caro e não tem a quem recorrer.<br />Para um consultor, esta crise é o pior dos mundos. As horas a bilhetar estão lá, prontas para serem trabalhadas, quer você se atrase ou não. Perdeu tempo no aeroporto, para pegar o avião, desconte as horas do seu período de descanso.<br />Para o consultor, a popularização da aviação e o barateamento das passagens não foi um bom negócio. Antigamente as passagens eram mais caras, mas como o valor pago nunca vinha de seu bolso (como dizemos, era sempre na PJ - pessoa jurídica), isso nunca foi um problema. Passagens mais caras, tínhamos menos vôos, menos gente voando, um conforto maior e um serviço impecável, com direito a refeições completas e até talheres de metal! Tínhamos a Varig...<br />Agora temos a Gol, e filas nos aeroportos, com uma falta de educação que nunca vi em rodoviária alguma. Temos mais vôos, mais gente voando, e a infra-estrutura do país não cresceu, como sempre. E agora estamos à deriva.<br />Mas, com tudo isso, só nos resta relaxar e gozar... </div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-66203194672052715862007-06-19T18:58:00.001-03:002007-06-19T18:58:54.315-03:00Siga o fluxo<div>O consultor é sempre dependente do seu cliente. Não adianta planejamento, organização, você sempre acaba em suas mãos.</div> <div>O início é no ritmo de trabalho. Não tente impor seu ritmo frenético, de quem sempre tenta fazer tudo ao mesmo tempo, porque normalmente o ritmo de seu cliente é algo mais humano, e em nenhum momento ele tentará lhe seguir. Se conseguisse, não teria a necessidade de contratá-lo. </div> <div>O planejamento/cronograma segue a mesma linha. Ele o obriga a planejar suas atividades, controlar seu andamento de acordo com um rigoroso cronograma mas que, no final, não pode ser cumprido por atrasos dele próprio. </div> <div>E isso faz com que você varie períodos de extrema morosidade, trabalhando ou lambendo a tela (aprendi esta no livro de gerenciamento de tempo que estou lendo) por menos de 8 horas diárias, com períodos intensos, como este que estou vivendo agora, de trabalho acumulado tendo que ser finalizado às vésperas da entrega final. </div> <div>Se, semana passada, consegui sair um dia às duas da tarde, agora são sete horas da noite, e não tenho previsão de ir embora.</div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-85147267783930266432007-06-15T09:07:00.000-03:002008-11-13T10:41:38.977-03:00O mundo nos EUA (ou os EUA no mundo)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5LDMrkvxNMBVEBL-oum-rQEQujnn2b8fVMsFT9M41IjK3-FUb9G0o14FY7wQ9qE-GEz_3oL4AR-4GpcxWfRgP08Kj1mK_jqbRodjuf9Yz8ht8xV2cQKThj34_Hmazj9VQFGIKK8thX04/s1600-h/strangemaps.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5076263297955749202" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5LDMrkvxNMBVEBL-oum-rQEQujnn2b8fVMsFT9M41IjK3-FUb9G0o14FY7wQ9qE-GEz_3oL4AR-4GpcxWfRgP08Kj1mK_jqbRodjuf9Yz8ht8xV2cQKThj34_Hmazj9VQFGIKK8thX04/s320/strangemaps.jpg" border="0" /></a><br /><div>Um site que eu gosto e visito muito é o <a href="http://www.relnet.com.br/">RelNet</a>. Ele é originalmente um site de política internacional, e tem uma compilação de fatos e notícias bem diversificado e interessante.</div><br /><div>Como por exemplo, o link para um blog com mapas estranhos e inusitados: <a href="http://strangemaps.wordpress.com/">Strange Maps</a>, que mostra o PIB de diversos países equivalentes aos de estados americanos.</div><br /><div>Vários amigos já me disseram que o mapa está desatualizado, que hoje o PIB brasileiro seria equivalente ao do Texas mas, mesmo assim, todo o país é equivalente a um estado só, que possui uma população dramaticamente menor que a população brasileira como um todo.</div>Resolvi colocar aqui porque achei interessante, porque também adoro mapas, principalmente estes que fogem ao lugar comum. Mas também coloquei como um ponto de reflexão, para pensarmos na importância de nosso país, de nosso trabalho, e para onde poderíamos ir, mas não vamos.<br /><div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-10851534925209440802007-06-13T16:18:00.001-03:002007-06-13T16:18:29.122-03:00Macaé, a capital dos consultores<div>Macaé é uma cidade bem interessante. Pequena, pouco privilegiada se comparada com suas vizinhas Rio das Ostras, Búzios e Cabo Frio, vê de repente uma enxurrada de royalties, trabalho e, com eles, os consultores.</div> <div>A cidade continua pequena, mas surgem grandes hotéis, pousadas aconchegantes, e uma quantidade enorme de restaurantes não muito baratos, que sobrevivem graças à população itinerante, de segunda à sexta. Dizem que não existe vida em Macaé aos sábados e domingos (bom, neste longo tempo em que estive aqui, nunca fiquei num fim de semana para comprovar). </div> <div>Quando você vai a um destes restaurantes, é impressionante a quantidade de pessoas sentadas sozinhas, jantando e tomando uma cerveja. Ninguém reclama do preço alto, já que ninguém ali vai efetivamente pagar a conta, e muitos já possuem até seus restaurantes e mesas cativos. </div> <div>Fico imaginando como seria criar um grupo de consultores em viagem, que marcassem encontros por onde passassem. Já vi na Europa sites de pessoas que combinam viagens e caronas, para dividir os custos, participo de um grupo de cariocas isolados em São Paulo que se reúnem para ver jogos do Fluminense. Por que não um grupo de consultores, que combinando suas agendas, pudessem marcar um futebol, tomar um chopp, ou simplesmente jogar conversa fora? </div> <div>Numa cidade no interior de Goiás, onde alguns colegas já estiveram, existe apenas um hotel, e todo mundo que vai trabalhar por uma ou algumas semanas na cidade ali se hospeda. E toda semana organizam um churrasco, celebrando o que eles têm em comum: estão sozinhos num lugar onde não conhecem ninguém. Poderíamos expandir isso por todo o Brasil. E poderíamos começar pela capital dos consultores. </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-66967981851354635842007-06-12T21:51:00.000-03:002007-06-12T22:06:56.858-03:00Dias dos Namorados? Tô longeHoje é Dia dos Namorados.... Plena terça-feira.... Qual consultor que se preze irá comemorar esta data ao lado de sua amada??<br />Não vou entrar no mérito se este dia, tal qual o Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, etc, é apenas uma data comercial, mas a questão é que é difícil para um consultor comemorar uma data festiva. Afinal, se passamos a semana inteira viajando, como poderemos comemorar estando longe? Perdemos o Dia dos Namorados, aniversários, e quem passa mais tempo fora do país perde feriados, e quem sabe até o Natal!!<br />Mas isso nos faz comemorar cada dia que passamos juntos com quem gostamos, seja lá uma data importante, ou apenas um sábado à noite. Não damos mais valor a datas, e sim a momentos. Mas nada nos impede de ter um presente guardado, para que na sexta à noite, quando voltamos (ou vamos) para algum lugar, seja entregue para alguém muito importante...<br />Sou a favor de que todos os "Dias" fossem aos domingos, e que todos os feriados caíssem na sexta, e fossem nacionais. Feriados municipais são outros dias não-festivos para consultores em trânsito.....Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-49238782308884447202007-06-11T17:05:00.001-03:002007-06-11T17:05:16.174-03:00Feriadão em alta tensão<div>Como você se sente ao emendar um feriado? Quando o feriado cai numa quinta-feira, e você por algum milagre consegue folgar na sexta, qual seu sentimento?</div> <div>Consegui fazer isso semana passada. Passar o feriado em casa, colocar em dia suas atividades pessoais, seus compromissos. Concluindo, relaxar um pouco e abstrair do trabalho incessante.</div> <div>Eu não consigo isso. Me sinto meio estranho. A mesma sensação de quando deixava de fazer o dever de casa na 2ª série. Ou quando matava aula no 2º grau. Me sentia fazendo algo errado, como burlando alguma lei, alguma norma, e que a qualquer minuto poderiam me pegar com a mão na massa. Mesmo em casa, com todos no trabalho avisados que não iria estar disponível, só de saber que eles estariam no escritório, me dava a impressão de que a qualquer momento iriam me ligar, iriam me repreender, como eu poderia ser tão irresponsável, ser tão infantil, tão egoísta, a ponto de não trabalhar, enquanto que meus colegas lá estavam se dedicando è empresa? </div> <div>O que fazer? Desligar o celular? Mas isso poderia incitar a curiosidade, a vontade de ir atrás. Onde será que ele está? E desligar o celular sempre me faz pensar que é inútil, que mais cedo ou mais tarde irão me encontrar e ligar no telefone fixo mais próximo. </div> <div>Como aproveitar este merecido momento de reflexão e descanso, se esta paranóia nos persegue em todo lugar, a todo momento? Como parar de achar que está fazendo algo de errado, quando este dia livre foi acertado, foi combinado, e o combinado nunca sai caro? </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-51171643211811564802007-06-06T13:28:00.001-03:002007-06-06T13:28:23.813-03:00O que? Eu me preocupar?<div>Estou lendo dois livros atualmente. O primeiro já comecei há tempos, e não acaba de jeito nenhum: Diplomacy, de Henry Kissinger. 900 páginas em inglês. Faz parte do meu projeto de longo prazo de fazer a prova para o Instituto Rio Branco. Não sei ainda se é realmente isso que vou fazer com a minha vida, mas enquanto penso, não custa nada ir estudando para adiantar a matéria. Além disso, é um ótimo livro de história, minha disciplina favorita nas horas livres. </div> <div>Mas como é um livro grande, já começou a pesar nas minhas costas ficar viajando, e levando-o de um lado para outro. Por isso, decidi deixá-lo em casa e, quando eu passar por lá, continuo a leitura. E, enquanto viajo, decidi ler algo mais leve. </div> <div>O outro livro fala exatamente da primeira frase deste post: fazer duas coisas ao mesmo tempo, de fazer tudo rápido, e nada direito, e como tentar tirar proveito disso, e ser uma pessoa feliz. O título é Sem Tempo Pra Nada, de um psicólogo americano especializado em DDA, o Distúrbio de Déficit de Atenção. </div> <div>Ele fala que todos nós nesta vida atual, com pressa, estresse, preocupação e ansiedade temos sintomas de DDA, mesmo que não soframos da doença. E tenta ensinar exercícios e formas de encarar a vida, que nos tornariam mais eficientes e felizes (ainda não cheguei nesta parte). </div> <div>Comecei a ler o livro esta semana. Um dia depois, falando com um amigo meu, diz ele estar preocupado, não se sentia bem, procurou saber mais sobre a DDA, se diagnosticou como provável paciente, e irá consultar um psicólogo. Eu, no meu papel de amigo e de consultor (veja a definição ao lado - especialista que emite parecer sobre algum assunto, mesmo que eu tenha acabado de aprendê-lo), disse que quase todos nós apresentamos os sintomas, mesmo sem sofrer do distúrbio. </div> <div>Espero que este livro possa trazer algo de bom para esta vida tão atribulada. Esta correria traz efeitos colaterais demais, sejam eles psicológicos, emocionais, físicos ou espirituais. Já sabemos qual o preço que se paga. Só não descobrimos ainda pelo o que estamos pagando, o que custa tão caro assim, e ainda todo mundo quer comprar. </div> Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1635516417293302177.post-70570342511034873762007-06-05T16:49:00.001-03:002007-06-05T16:49:46.841-03:00Pessoas complexas não têm idéias simples<div>Sempre que aparece alguém ganhando dinheiro a partir de uma idéia simples, o consultor declama: como não pensei nisto antes?</div> <div>O consultor é, antes de tudo, uma pessoa inteligente, esforçada e criativa. Entra nesta vida por achar que pode fazer algo diferente, e ser reconhecido por isso. Neste mundo ele trabalha, se dedica, seu reconhecimento vem em forma de mais trabalho, mais responsabilidade, e eis que aparece alguém com uma idéia simples, desenvolve, vende, e ganha mais dinheiro e reconhecimento que um esforçado consultor. Isto é difícil de aceitar. Se ele é tão inteligente e criativo, por que não surge uma idéia destas em sua cabeça? Estou lendo um livro que diz que todo este stress nos faz perder o foco. Será que precisamos de um ano sabático, de uma excursão para o Nepal, de um piripaque para podermos usar nossa privilegiada mente em prol de algo realmente grandioso? </div> Unknownnoreply@blogger.com