Fórum, Poesias, Eterno Amor, e outras tags de Literatura
Esta minha preocupação com o que e como escrever me fez participar do Fórum das Letras de Ouro Preto. Não, não resolvi ainda ser um escritor profissional, nem estudar para isso, muito menos pedir demissão do meu atual emprego para viajar e tomar parte em discussões literárias de alto nível. Apenas aproveitei minha estada profissional em Ouro Branco, que pelo nome é intuitivo imaginar que seja perto de Ouro Preto. Pois realmente é, apenas uns quarenta minutos de carro.
Resolvi aparecer, certo de que seria um evento bem mais movimentado do que as usuais noites em Ouro Branco. Mas não foi. Só tive tempo (e paciência) de assistir ao final de uma mesa com Nelson Motta e Lobão, acerca de movimento musical e espaço para novas bandas (mas o Fórum de Letars? Será que, por Letras, eles contam Letras de músicas?), e o início da mesa seguinte, sobre memória e ressentimentos, onde um professor de hebraico e três ilustres escritores judaicos desconhecidos citavam e recitavam obras e poemas judaicos, assunto do qual não conheço (nem fiz muita questão de passar a conhecer).
Feito isto, minha participação no Fórum seria finalizada num bar, com show e microfone aberto para poesias. Ao chegar no local, uma música bem alternativa, com decoração e pessoas do mesmo porte. Destaque para um poeta que se apresentou como "Joker Índio, o poeta de todas as ruas" e veio à minha mesa vender seu trabalho. Eu, como um bom incentivador da cultura nacional, resolvi comprar seu livreto de poesias, mas não tive coragem suficiente para comprar o CD, onde ele recita as poesias, muito menos o DVD, onde ele executa uma performance (??!?) das mesmas! Deixei para a próxima vez...
Li o livrinho, bem interessante, mas continuei sem paciência, por isso apenas jantei e fui embora, sem participar do sarau de poesias. Fui embora com a impressão que, apesar de gostar de escrever e me dedicar para manter este blog, nao tenho perfil para ser alguém do mundo das Letras (como meus distintos colegas de Fórum).
Para terminar, parte do poema "Eterno Amor", de Joker Índio:
"...Que o nosso amor se eternize na minha barriga grande de cerveja e no aparecimento dos teus pés de galinha!?"