domingo, 8 de julho de 2007

Onde deixei minhas chaves?

Bom, mais um fim de semana. Desta vez estou em um projeto onde passo finais de semana (que não são poucos) na localidade do cliente.

Claro que tem algumas vantagens nisso (ponderem por vocês mesmo), uso menos o aeroporto, despesas cobertas, oportunidade de conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes... Bom, se lembrarem de mais alguma coisa, por favor, enviem-me um comentário.

Agora, entre todas as desvantagens imagináveis e inimagináveis, quero comentar sobre uma que pode ate passar despercebido, mas acho constrangedora... A chave de casa.

Tudo bem que depois de algum tempo voce acostuma a chamar o hotel de "casa", mas é muito triste ter que carregar um "cartão" como chave de casa, aliás, como chave do quarto, porque a casa esta sempre aberta. Nada de "Puxa, perdi a chave de casa", se você perde o cartão, sem problemas, o hotel lhe da outro.

No bolso, nada de barulho de chaves. Sabem aquela batida final nos bolsos antes de sair, para conferir se não nos esquecemos de nada? Pois é, as chaves não estão lá. Por isso sempre tenho esta sensação que esqueci algo.

Outra coisa, todo mundo no hotel tem a chave do seu quarto (funcionários, claro). Hoje mesmo estava aqui, escrevendo este texto, completamente concentrado e nem percebi que batiam a porta. Quando dei por mim, já havia uma senhora entrando, olhando minha "arrumação" e perguntava: "Quer que arrume o quarto". Por alguns segundos imaginei minha mãe mandando arrumar o quarto.

Definitivamente preciso achar um hotel com chaves na porta.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Pelo fim do Preconceito Empresarial

Sei que vocês têm acompanhado vários posts irônicos sobre situações cotidianas de consultoria. Gosto muito do tom irônico. Este espaço procura mesmo trabalhar desta forma. Mas não posso deixar de utilizá-lo também para assuntos sérios. É preciso alertar também.

Hoje estou em um cliente retrato do que pior existe no mundo corporativo: o preconceito empresarial. Mas o que vem a ser este preconceito? Simples. Quando vivemos neste mundo de clientes, viajando entre eles, somos sempre um estranho no ninho. Somos profissionais que não pertencem às empresas que passamos. Meros terceiros, meros contratados... Como dizia, este cliente é retrato do preconceito. Veja como formam o e-mail da empresa para terceiros: "nome"_"sobrenome”_NÃO_"empresa"_@"empresa"....
Mas se você é funcionário obviamente fica somente sobrenome e nome. Este Não é muito engraçado: “Você vai mandar e-mail para aquele cara? Olha, ele nem é da empresa.”

Cada cliente tem sua forma peculiar de discriminação. Em um cliente, aplicando um curso, já sofri para conseguir e preparar uma sala, agendada claro, semanas antes (mesmo que os alunos fossem da empresa).
Em outro, durante a apresentação do plano do projeto tive que ouvir a história do: “nossa, por que tanto tempo? Só para vocês ganharem mais, né?”.

Já aconteceu até da Segurança da empresa dizer “Sempre tenho problemas com Terceirizadas”. A empresa de segurança era uma terceirizada.

Acho que o pessoal deve estar confundindo negócios com a História da Colonização do Brasil. Na cabeça deles imaginam o Brasil como uma grade empresa. Os índios como funcionários diretos desta empresa. De repente chegam vários colonizadores, de várias nacionalidades para explorar todo o território.
Tem índios (quem compra) que simpatizam com os estrangeiros que trazem oferendas (quem vende). Porém, a grande massa de índios luta bravamente para expulsar estes intrusos. Até que o grande cacique diz que devem aceitar o que os estrangeiros tem a oferecer.

Pessoal, não há mocinhos e bandidos, nem cowboys e índios. Eu posso te ajudar, mas preciso que você me ajude a te ajudar.

(Tenho também algo a dizer sobre o inverso desta situação, mas isso fica para uma próxima oportunidade).

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Estão chegando as Férias: Vai Viajar?


Desculpem o intervalo entre a última postagem e este novo post. Este final de semana tirei umas férias forçadas de internet.

Entretanto, isso me fez pensar em “Férias”. Creio que este é o mais cobiçado sacramento de qualquer profissional. Até mais que uma promoção... Ok, sem exageros, mas ela vive estampada no rosto dos seus colegas. Quando as férias estão iminentes então, a estampa começa até a piscar.

Acho muito interessante a forma com que lidamos com este período. Todo conhecimento específico profissional é utilizado para gerenciar da melhor forma possível a concretização deste sonho anual. Veja que é possível, para quem vive em meio a tantos projetos, criar o Projeto Férias 2007. Digo “projeto” porque vejo que pessoas levam a sério este termo. Gerenciam budget, riscos, enumeram as variáveis de risco (“Será que chove?”).

Outro conhecimento importante adquirido no trabalho, que vai ser usado é “Viajar”. Sim, viajar é conosco. Agora então que fazemos por projeto autônomo, é muito mais importante que as conexões não atrasem. Se o vôo atrasar não é mais a reunião de Update de Projeto que está em jogo, mas aquela conexão em Amsterdã, já imaginou? Como que se faz agora para pegar o trem até Praga, e continuar no Vôo pra Istambul? (claro que esta loucura só acontece porque no seu planejamento, o budget era um fator de risco).

Planejar uma viagem em grupo é uma tarefa mais ousada. Se foi você quem propôs, parabéns, foi promovido a Coordenador. Agora tem que lidar com anseios e desejos de todos, suas habilidades, a falta delas... Imagine:

“Então, o Márcio não vai mais viajar. Ele vai ter que adiar em virtude do trabalho.”
“Mas como assim, trabalho, agora? Tá bom, ok, vamos ver se achamos alguém com o mesmo perfil. Que tal o Ronaldo? Ele também tem habilidades humorísticas e não perde o foco facilmente, enquanto dirige.
“Hum, pode ser, mas o Ronaldo não fala Tcheco.”
“Ah é, droga! Bom, não tem mesmo como o Márcio adiar o trabalho?

Para estas férias já fiz minhas reservas, passagens e vou viajar para “Casa”. Passar alguns dias deste ano hospedado lá. E quanto a todos os colegas que já estão de escopo de projeto fechado, ou que já estão em plena execução: Boas Férias!
P.S.: Esta charge é perfeita para quem comprou viagens aéreas nas férias, não?

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Você Jura Dizer a Verdade, Nada Mais que a Verdade?

Em uma viagem internacional, o sonho ou pesadelo é passar pela alfândega, no retorno do vôo. Claro que ninguém sonha em passar, mas em passar direto, sem necessidade de revista.
É possível acompanhar uma pessoa na fila "Nada a Declarar" e acompanhar sua "Cara de Poker". O cidadão tem um bom jogo na mão. Mas ele não gesticula. Olha apenas ao relógio, mas o esconde rápido (pagou mais que 500 dólares 2 dias atrás). Ele tenta esconder de todo mundo seu jogo. Chegou o momento, o adversário o encara. Ele entrega a aposta (seu formulário com nada a declarar). O adversário paga pra ver. Bom, agora você tem que explicar como tinha "5" ases na mala.
O interessante na fila do "Nada a Declarar" é que ela é infinitamente maior que a fila para declarar. Esta cena assemelha-se e muito àquela pessoa que vemos em telejornais, na saída de um Fórum (réu de algum caso) com seu "Não tenho nada a declarar". Ou um político suspeito, na saída de uma CPI. Claro que eles têm algo a declarar, e eles têm muito, o fato é que "Não quero declarar".
Quando penso nisso, gostaria de saber se eu também trago a mesma cara de culpado que estas pessoas nos aparentam.

terça-feira, 26 de junho de 2007

As idéias estão no ar

Comecei este blog porque de vez em quando surgiam idéias na minha mente, que achava que poderia compartilhar com as pessoas. Às vezes, as soltava numa roda de amigos, numa mesa de bar. Resolvi então juntar todas num lugar só, que eu pudesse desenvolvê-las e divulgá-las, para que mais pessoas pudessem ler, comentar e criticar.
Mas só tomei fôlego para criar o blog depois que consegui registrar algumas destas idéias, e ter uma reserva de idéias para que pudesse manter uma rotina de posts, mesmo em dias que nada brotasse de minha mente, ou que eu estivesse realmente muito ocupado com o trabalho (que foi o que aconteceu na semana passada, trabalhando todo dias até as 22h00 não tive como escrever no blog).
Com isso, estou começando a me disciplinar em registrar de alguma maneira qualquer idéia que surgisse, no lugar que fosse. A maioria eu escrevo no celular, e quando dá eu desenvolvo num post.
Depois de divulgar meu blog, descobri que vários amigos meus também têm estes lampejos de idéias, que também poderiam escrever um blog e divulgá-las, mas que não registram, e estas idéias vão embora da mesma maneira que vieram.
O mundo deve estar cheio de idéias voando por aí, idéias que surgem na mente de alguém durante a noite, no banho, ou nos lugares em que mais nos encontramos relaxados. Se não escrevemos, se não desenvolvemos estas idéias, elas fogem, e daqui a pouco vão aflorar a mente de outra pessoa. Aí, se você esqueceu da idéia cinco minutos depois que a teve, só vai lembrá-la quando aparecer no jornal, registrada pela mente de alguém em outro lugar do mundo.

domingo, 24 de junho de 2007

Crise aérea?? Que crise??

Quem leu o último post percebeu que estava por dentro do caos aéreo ocorrido na semana, e que estava preocupado com tal situação, porque toda semana preciso pegar avião para ir e para voltar, e era este o caso na sexta-feira.
Saí de Macaé tarde, tendo que chegar no Rio de Janeiro, para pegar o vôo para São Paulo às 21h25. Cheguei no Santos Dumont às 20h50, em cima da hora, já preparado para filas no check-in, atrasos de mais de uma hora, avião tendo que pousar em Guarulhos, ou até em dormir no Rio e viajar no sábado pela manhã.
E foi aí que o mundo conspirou a meu favor.
O check-in não tinha fila, o fiz imediatamente. Vi no telão, e confirmei com a moça que me atendeu, que o meu vôo estava no horário (ao contrário de TODOS os outros). Fui para a sala de embarque, nenhuma fila no raio-x. Achei que tinha tempo de procurar alguns amigos que sempre estão no aeroporto às sextas à noite, de ir ao banheiro e até de tomar um café, mas foi só entrar que meu embarque foi ANTECIPADO e abriu às 21h00. Na hora que entrei no avião, percebi que, mesmo sem pedir, a moça no check-in me deu uma janela, a poltrona 11A. Para quem não sabe, no Airbus da TAM, a fileira 11 é aquela da saída de emergência, onde a da frente não pode reclinar para trás, a sua reclina, e tem um baita espaço entre elas. O vôo decolou na hora exata, cheguei às 22h10 em Congonhas, minha mala foi a primeira a aparecer na esteira, não tinha fila no ponto de táxi, cheguei em casa às 22h45!
No meio de todo o caos, surgiu um oásis.....

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Aeroporto para quem precisa


Todo este caos no setor aéreo brasileiro teve um início, mas parece não ter um fim. É um pouco estarrecedor saber que a situação é crítica há algum tempo, e um acidente trágico foi a válvula de escape para a verdade vir à tona e começar a atingir em cheio a população, que paga caro e não tem a quem recorrer.
Para um consultor, esta crise é o pior dos mundos. As horas a bilhetar estão lá, prontas para serem trabalhadas, quer você se atrase ou não. Perdeu tempo no aeroporto, para pegar o avião, desconte as horas do seu período de descanso.
Para o consultor, a popularização da aviação e o barateamento das passagens não foi um bom negócio. Antigamente as passagens eram mais caras, mas como o valor pago nunca vinha de seu bolso (como dizemos, era sempre na PJ - pessoa jurídica), isso nunca foi um problema. Passagens mais caras, tínhamos menos vôos, menos gente voando, um conforto maior e um serviço impecável, com direito a refeições completas e até talheres de metal! Tínhamos a Varig...
Agora temos a Gol, e filas nos aeroportos, com uma falta de educação que nunca vi em rodoviária alguma. Temos mais vôos, mais gente voando, e a infra-estrutura do país não cresceu, como sempre. E agora estamos à deriva.
Mas, com tudo isso, só nos resta relaxar e gozar...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Siga o fluxo

O consultor é sempre dependente do seu cliente. Não adianta planejamento, organização, você sempre acaba em suas mãos.
O início é no ritmo de trabalho. Não tente impor seu ritmo frenético, de quem sempre tenta fazer tudo ao mesmo tempo, porque normalmente o ritmo de seu cliente é algo mais humano, e em nenhum momento ele tentará lhe seguir. Se conseguisse, não teria a necessidade de contratá-lo.
O planejamento/cronograma segue a mesma linha. Ele o obriga a planejar suas atividades, controlar seu andamento de acordo com um rigoroso cronograma mas que, no final, não pode ser cumprido por atrasos dele próprio.
E isso faz com que você varie períodos de extrema morosidade, trabalhando ou lambendo a tela (aprendi esta no livro de gerenciamento de tempo que estou lendo) por menos de 8 horas diárias, com períodos intensos, como este que estou vivendo agora, de trabalho acumulado tendo que ser finalizado às vésperas da entrega final.
Se, semana passada, consegui sair um dia às duas da tarde, agora são sete horas da noite, e não tenho previsão de ir embora.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O mundo nos EUA (ou os EUA no mundo)


Um site que eu gosto e visito muito é o RelNet. Ele é originalmente um site de política internacional, e tem uma compilação de fatos e notícias bem diversificado e interessante.

Como por exemplo, o link para um blog com mapas estranhos e inusitados: Strange Maps, que mostra o PIB de diversos países equivalentes aos de estados americanos.

Vários amigos já me disseram que o mapa está desatualizado, que hoje o PIB brasileiro seria equivalente ao do Texas mas, mesmo assim, todo o país é equivalente a um estado só, que possui uma população dramaticamente menor que a população brasileira como um todo.
Resolvi colocar aqui porque achei interessante, porque também adoro mapas, principalmente estes que fogem ao lugar comum. Mas também coloquei como um ponto de reflexão, para pensarmos na importância de nosso país, de nosso trabalho, e para onde poderíamos ir, mas não vamos.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Macaé, a capital dos consultores

Macaé é uma cidade bem interessante. Pequena, pouco privilegiada se comparada com suas vizinhas Rio das Ostras, Búzios e Cabo Frio, vê de repente uma enxurrada de royalties, trabalho e, com eles, os consultores.
A cidade continua pequena, mas surgem grandes hotéis, pousadas aconchegantes, e uma quantidade enorme de restaurantes não muito baratos, que sobrevivem graças à população itinerante, de segunda à sexta. Dizem que não existe vida em Macaé aos sábados e domingos (bom, neste longo tempo em que estive aqui, nunca fiquei num fim de semana para comprovar).
Quando você vai a um destes restaurantes, é impressionante a quantidade de pessoas sentadas sozinhas, jantando e tomando uma cerveja. Ninguém reclama do preço alto, já que ninguém ali vai efetivamente pagar a conta, e muitos já possuem até seus restaurantes e mesas cativos.
Fico imaginando como seria criar um grupo de consultores em viagem, que marcassem encontros por onde passassem. Já vi na Europa sites de pessoas que combinam viagens e caronas, para dividir os custos, participo de um grupo de cariocas isolados em São Paulo que se reúnem para ver jogos do Fluminense. Por que não um grupo de consultores, que combinando suas agendas, pudessem marcar um futebol, tomar um chopp, ou simplesmente jogar conversa fora?
Numa cidade no interior de Goiás, onde alguns colegas já estiveram, existe apenas um hotel, e todo mundo que vai trabalhar por uma ou algumas semanas na cidade ali se hospeda. E toda semana organizam um churrasco, celebrando o que eles têm em comum: estão sozinhos num lugar onde não conhecem ninguém. Poderíamos expandir isso por todo o Brasil. E poderíamos começar pela capital dos consultores.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Dias dos Namorados? Tô longe

Hoje é Dia dos Namorados.... Plena terça-feira.... Qual consultor que se preze irá comemorar esta data ao lado de sua amada??
Não vou entrar no mérito se este dia, tal qual o Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, etc, é apenas uma data comercial, mas a questão é que é difícil para um consultor comemorar uma data festiva. Afinal, se passamos a semana inteira viajando, como poderemos comemorar estando longe? Perdemos o Dia dos Namorados, aniversários, e quem passa mais tempo fora do país perde feriados, e quem sabe até o Natal!!
Mas isso nos faz comemorar cada dia que passamos juntos com quem gostamos, seja lá uma data importante, ou apenas um sábado à noite. Não damos mais valor a datas, e sim a momentos. Mas nada nos impede de ter um presente guardado, para que na sexta à noite, quando voltamos (ou vamos) para algum lugar, seja entregue para alguém muito importante...
Sou a favor de que todos os "Dias" fossem aos domingos, e que todos os feriados caíssem na sexta, e fossem nacionais. Feriados municipais são outros dias não-festivos para consultores em trânsito.....

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Feriadão em alta tensão

Como você se sente ao emendar um feriado? Quando o feriado cai numa quinta-feira, e você por algum milagre consegue folgar na sexta, qual seu sentimento?
Consegui fazer isso semana passada. Passar o feriado em casa, colocar em dia suas atividades pessoais, seus compromissos. Concluindo, relaxar um pouco e abstrair do trabalho incessante.
Eu não consigo isso. Me sinto meio estranho. A mesma sensação de quando deixava de fazer o dever de casa na 2ª série. Ou quando matava aula no 2º grau. Me sentia fazendo algo errado, como burlando alguma lei, alguma norma, e que a qualquer minuto poderiam me pegar com a mão na massa. Mesmo em casa, com todos no trabalho avisados que não iria estar disponível, só de saber que eles estariam no escritório, me dava a impressão de que a qualquer momento iriam me ligar, iriam me repreender, como eu poderia ser tão irresponsável, ser tão infantil, tão egoísta, a ponto de não trabalhar, enquanto que meus colegas lá estavam se dedicando è empresa?
O que fazer? Desligar o celular? Mas isso poderia incitar a curiosidade, a vontade de ir atrás. Onde será que ele está? E desligar o celular sempre me faz pensar que é inútil, que mais cedo ou mais tarde irão me encontrar e ligar no telefone fixo mais próximo.
Como aproveitar este merecido momento de reflexão e descanso, se esta paranóia nos persegue em todo lugar, a todo momento? Como parar de achar que está fazendo algo de errado, quando este dia livre foi acertado, foi combinado, e o combinado nunca sai caro?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

O que? Eu me preocupar?

Estou lendo dois livros atualmente. O primeiro já comecei há tempos, e não acaba de jeito nenhum: Diplomacy, de Henry Kissinger. 900 páginas em inglês. Faz parte do meu projeto de longo prazo de fazer a prova para o Instituto Rio Branco. Não sei ainda se é realmente isso que vou fazer com a minha vida, mas enquanto penso, não custa nada ir estudando para adiantar a matéria. Além disso, é um ótimo livro de história, minha disciplina favorita nas horas livres.
Mas como é um livro grande, já começou a pesar nas minhas costas ficar viajando, e levando-o de um lado para outro. Por isso, decidi deixá-lo em casa e, quando eu passar por lá, continuo a leitura. E, enquanto viajo, decidi ler algo mais leve.
O outro livro fala exatamente da primeira frase deste post: fazer duas coisas ao mesmo tempo, de fazer tudo rápido, e nada direito, e como tentar tirar proveito disso, e ser uma pessoa feliz. O título é Sem Tempo Pra Nada, de um psicólogo americano especializado em DDA, o Distúrbio de Déficit de Atenção.
Ele fala que todos nós nesta vida atual, com pressa, estresse, preocupação e ansiedade temos sintomas de DDA, mesmo que não soframos da doença. E tenta ensinar exercícios e formas de encarar a vida, que nos tornariam mais eficientes e felizes (ainda não cheguei nesta parte).
Comecei a ler o livro esta semana. Um dia depois, falando com um amigo meu, diz ele estar preocupado, não se sentia bem, procurou saber mais sobre a DDA, se diagnosticou como provável paciente, e irá consultar um psicólogo. Eu, no meu papel de amigo e de consultor (veja a definição ao lado - especialista que emite parecer sobre algum assunto, mesmo que eu tenha acabado de aprendê-lo), disse que quase todos nós apresentamos os sintomas, mesmo sem sofrer do distúrbio.
Espero que este livro possa trazer algo de bom para esta vida tão atribulada. Esta correria traz efeitos colaterais demais, sejam eles psicológicos, emocionais, físicos ou espirituais. Já sabemos qual o preço que se paga. Só não descobrimos ainda pelo o que estamos pagando, o que custa tão caro assim, e ainda todo mundo quer comprar.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Pessoas complexas não têm idéias simples

Sempre que aparece alguém ganhando dinheiro a partir de uma idéia simples, o consultor declama: como não pensei nisto antes?
O consultor é, antes de tudo, uma pessoa inteligente, esforçada e criativa. Entra nesta vida por achar que pode fazer algo diferente, e ser reconhecido por isso. Neste mundo ele trabalha, se dedica, seu reconhecimento vem em forma de mais trabalho, mais responsabilidade, e eis que aparece alguém com uma idéia simples, desenvolve, vende, e ganha mais dinheiro e reconhecimento que um esforçado consultor. Isto é difícil de aceitar. Se ele é tão inteligente e criativo, por que não surge uma idéia destas em sua cabeça? Estou lendo um livro que diz que todo este stress nos faz perder o foco. Será que precisamos de um ano sabático, de uma excursão para o Nepal, de um piripaque para podermos usar nossa privilegiada mente em prol de algo realmente grandioso?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Engenharia: ame-a ou deixe-a, e vice-versa

A vida em consultoria de sistemas é tão extenuante, que nos leva a pensar sempre o que estamos fazendo. A correria e o desgaste são tantos que nos surge a vontade de abandonar o que parece ser a causa deste tormento: a engenharia em si!
Por vezes pensei em fazer o concurso para o Instituto Rio Branco, para virar diplomata. Será que existem engenheiros, consultores que pensam como eu? Que chegaram ao ponto de achar que a vida só irá melhorar ao deixar para trás o estudo técnico, que estudamos e ajudamos a aprimorar desde que nos conhecemos como gente?
Acredito que todo engenheiro que começa a pensar em sua qualidade de vida, a filosofar sobre a razão de seus atos, desenvolve um lado mais humano, mais subjetivo. E como ele acha que nada é mais difícil do que engenharia, nada mais lógico do que tentar levar a vida em outra direção.
Um colega meu abandonou o emprego para cursar "Estudos Literários". Abandonou seis anos de estudo, três de emprego, para começar do zero, em algo totalmente diferente. Será que todo mundo que pensa como ele teria esta coragem?

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Você saber quem sou eu, eu sei quem é você

Sempre que navego por blogs, listas, fóruns, etc, mesmo que eu goste bastante do que li e volte sempre, raramente deixo algum comentário, assim imagino que várias pessoas lêem este blog também não mostram a cara explicitamente. Assim, como saber se realmente alguém está lendo o que você escreve?
Comecei a usar o Google Analytics. Mais uma ferramenta de graça do Google. É realmente fantástico o que ele pode informar para você. Com ele, sei quantas pessoas acessam meu blog, daonde acessam, e como chegam até ele.
Descobri que alguém de Lisboa acessou meu blog. Não conheço ninguém por lá. E também que mais de 70% das pessoas que acessam o blog, voltam para ler de novo.
Também descobri que o post mais acessado foi um cujo título era "Quarta é Zeca-Feira", porque várias pessoas estavam navegando pelo Google, procurando algo para fazer na quarta-feira, e acabaram caindo no meu blog. Vejam como é importante colocar algumas palavras-chave, pra chamar a atenção.
A última descoberta importante foram alguns acessos a partir de um site chamado papodehomem.com.br. Entrei no site, mas não consegui descobrir ainda como ele direcionou pessoas para este blog. O Google Analytics ajuda, mas não é tão poderoso quanto o bom e velho comentário. Caso alguém se sinta confortável, pode deixá-lo e saciar minha curiosidade.
A Internet, com seus roteadores, provedores, sub-redes e IPs dinâmicos nos dá uma falsa sensação de anonimato, de que ninguém sabe quem você é. Uma hora você desconecta da Internet, mas seus caminhos, suas escolhas continuam vagando por aqui.

terça-feira, 29 de maio de 2007

O preço da liberdade

O blog sempre foi identificado como uma forma de expressão sem fronteiras, sem limites. A sensação de liberdade é uma constante. Só que falsa.
Uma reportagem da BBC indica que funcionários podem ser demitidos por má conduta, caso falem mal de sua empresa, colegas, ou divulguem informações confidenciais em blogs.
39% dos blogueiros postam comentários maldosos de seu trabalho, alimentados pela informalidade e falsa sensação de segurança de um blog. Isso criou uma dúvida quando eu criei este blog, se deveria me manter anônimo ou expor meu nome. Cheguei a um meio termo, onde meu nome não aparece, mas também qualquer um um pouco esforçado consegue descobrir quem sou.
Este é o preço da verdade. O que é um comentário maldoso? Explicitar o que se sente é maldade? Até onde se pode falar, sem que seu chefe sinta-se mal, ou com medo?
Estes fatos não intimidam meus objetivos. Quero ser o mais claro possível sobre a vida de um consultor. Não vou falar inverdades de ninguém, muito menos expor nomes. E espero que este trabalho seja reconhecido como um desabafo, uma válvula de escape, e não como um muro de lamentações ou recrutamento de amotinadores.
E espero que ninguém tenha se zangado, por eu ter falado mal do novo cafezinho.

domingo, 27 de maio de 2007

Corte ir(racional) de custos

Numa empresa de consultoria, onde o produto é o intelecto de seu pessoal, o corte de custos nunca envolve a demissão de pessoas, porque isso incorreria também em corte de produção. Sendo este o corte mais fácil, onde então você pode diminuir os custos?
Qualquer outro corte vai gerar insatisfação da massa produtiva. E um dos mais cotados é um dos piores: o corte no cafezinho.
O café é algo como o combustível de um consultor. É tão importante que deveria ter uma lei na CLT regulamentando a necessidade do café na vida do trabalhador, bem como garantindo premissas básicas de quantidade e qualidade.
Como entender uma empresa onde seus consultores trabalham cada vez mais, sofrem cada vez mais pressão por mais produção, mais horas bilhetadas, e ainda assim ela necessita cortar custos para não ficar no vermelho? É o mais alto nível de falta de reconhecimento. Você trabalhar cada vez mais e, ao invés de ganhar pelo menos um parabéns, trocam seu cafezinho por um líquido sofrível.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Pobre menino rico

Uma pesquisa britânica recente mostrou que pessoas que ganhavam cerca de 30 mil libras por mês , e trabalhavam tempo suficiente para honrar este pomposo salário, possuíam o mesmo nível de felicidade que pessoas que ganhavam dez vezes menos (3 mil libras por mês), porém gastavam mais tempo com amigos e se divertindo.
Continuando o post anterior, esta pesquisa mostrou que o estresse do trabalho extenso, por mais rentável que seja, não é sadio. É um custo de oportunidade difícil de se medir.
O mais difícil é equilibrar este custo no Brasil, onde um consultor tem a carga de trabalho da pessoa de 30 mil libras, mas ganha menos do que as 3 mil libras. Como se calcula o nível de felicidade de um indivíduo assim?

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Até que ponto?

O produto que uma empresa de consultoria vende são horas. Horas de trabalho de seus colaboradores (não mais funcionários, agora todos são colaboradores). E, como toda boa indústria que quer aumentar sua produção, ou se aumentam as máquinas (os consultores) ou se aumenta a produção (número de horas vendidas).
Uma expressão que aterroriza os consultores é: horas extras. Aumentar sua produção. Trabalhar mais do que o acordado, mais do que o determinado por lei. É certo que ganha-se mais por isso, mas até que ponto o retorno material compensa as perdas na vida?
Horas extras são alguns reais a mais. Mas são algumas horas a menos. São menos chances de fazer um exercício, de passear, de se encontrar com os amigos, de estudar, de terminar a faculdade. De que adianta ganhar dinheiro, se não podemos gastá-lo? Depois de todo este estresse a mais, esta economia ou vai para o hospital, ou para o analista.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Consultores x Vendas

Vida de consultor é atribulada: cada dia num cliente, em um lugar diferente, e nunca é suficiente, sempre existe algo a mais para fazer. O pessoal de vendas podia ajudar, mas parece que sua existência é um carma em nossa vida.
O sonho de um consultor é planejar seu itinerário com semanas de antecedência, e conseguir cumprir tal agenda. Mas as tentativas sempre são boicotadas por vendas.
E não é que um consultor estava com viagem marcada para o dia seguinte, passagem comprada (para as 5 da manhã), carro agendado, cliente aguardando, tudo pronto e, às 20 horas (exatamente nove horas antes do avião decolar), alguém de vendas liga e avisa que as licenças não estão liberadas, que o pedido foi feito hoje, e elas estarão à disposição daqui a três dias, sendo que esta visita foi planejada há dois meses atrás, e neste período nada foi feito para liberar as licenças?
Como pode ser feito um planejamento confiável e respeitável? O que um consultor pode desejar num momento deste, além de uma boa dose de whisky?

domingo, 20 de maio de 2007

Amigos ou colegas de trabalho?

Sempre que você entra para uma nova empresa, ainda mais em uma fora de sua cidade, para onde acaba de mudando, você conhece novas pessoas, através de um interesse comum (o trabalho). Ao longo do tempo, descobrem-se mais interesses em comum, além do trabalho, e amizades surgem do coleguismo, mas a resma do trabalho sempre permanece. Quem nunca saiu para tomar um chopp com os amigos do trabalho, e ficou o tempo todo falando sobre o mesmo, ou sobre as pessoas do mesmo?
Durante a semana, fora do escritório, liguei para um colega/amigo do trabalho, para falar sobre trabalho, quando descobri que o mesmo estava em casa, de cama, doente. Conversei o mínimo possível sobre o essencial (procuro respeitar quem está fora do trabalho, doente, ou em férias, sem alongar muito a prosa), e desejei melhoras. Neste sábado, lembrei-me do fato, e decidi ligar para saber como estava. Após me informar sobre sua saúde, comecei a me despedir, e aí eu ouvi uma resposta surpreendente:
-Ué, você me ligou apenas para saber como eu estava? Não vai perguntar nada sobre trabalho?
Como ligações de trabalho no fim de semana infelizmente são comuns, o ato soou estranho. Sim, liguei só porque queria notícias, de pessoas que lido diariamente, de pessoas que, mesmo que tenha conhecido através do trabalho, são as pessoas que busco companhia e ajuda quando estou sozinho em São Paulo. Será que os consultores não podem ter sentimentos?

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Só o instrutor ensina?

Quinta, além da conhecer a cidade, é dia do jantar com os clientes. Depois de uma semana, você os leva para jantar, num lugar bacana, para comemorar o final do treinamento.
Nesta hora, depois de falar a semana inteira, você tem a chance de ouvir um pouco o cliente. Ele sempre começa falando da companhia, o que deu certo, o que ele tem medo que dê errado com o projeto onde você é o consultor, até que um momento ele cansa de falar de trabalho, e começa a falar de sua vida pessoal, e aí que você, educado em cidade grande, ouve as experiências mais interessantes, o que você vai levar desta semana.
Como por exemplo o cliente que passou as férias numa cidade vizinha de Cacaulândia, em Rondônia, e que adorou o porco na brasa que comeu por lá.
Se você acha que só porque passa a vida viajando já conheceu de tudo, aparece alguém que mostra um lugar que você nunca ouviu falar. E quem disse que é só o aluno que aprende?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Quarta é Zeca-Feira

A dinâmica da noite de um consultor viajando a trabalho é bem interessante, e quase sempre se repete.
Segunda é um dia calmo. Viajamos de manhã, normalmente pegamos o avião bem cedo, quando não atrasa, e por vezes ainda temos que pegar uma viagem de carro. À noite estamos cansados, jantamos no hotel e dormimos cedo.
Terça é o dia. Depois de descansar na segunda, terça é o dia em que estamos dispostos, e saímos com tudo pela cidade, pronto para conhecê-la e para procurar diversão até o dia raiar. Mas é só chegar na pracinha da cidade e se tocar que estamos numa terça e, se você não estiver em São Paulo ou no Rio, ninguém vai estar na rua na terça. Voltamos para o hotel frustrados e sem vontade de sair de novo (nem aqui em BH a situação é diferente, ontem tava tudo vazio).
Quarta é morno. Sabemos que não adianta sair, então aproveitamos melhor o hotel: sauna, piscina, até tentativas de malhação acontecem neste dia. E sempre tem futebol na TV. É o dia em que nos preparamos, porque
Quinta é que é o dia. É o dia mais próximo do fim de semana que vamos conseguir sair. É o dia que vai determinar se a cidade é boa ou não, se vale a pena recomendá-la ou não. Todas as suas fichas são apostadas na quinta. É o dia derradeiro, é agora ou nunca.
Sexta voltamos para casa (voltar? Nem sei quando vou pisar em casa de novo....)

terça-feira, 15 de maio de 2007

O seu telefone irá tocar!!!!

Desde que virei supervisor, meu prêmio foi praticamente uma destas promoções de dia das mães: ganhei vários minutos de celular. Era só eu sair o cliente, num sagrado horário entre as 17 e as 18 horas, para começarem a me ligar incessantemente.
Só que hoje tudo está diferente. Ninguém me liga, ninguém deixa recado. Primeiramente foi um alívo, depois comecei a achar estranho, e agora estou meio desesperado. Será que me celular não está pegando? Será que passaram a me deixar de fora das decisões?
A partir do dia que entrei para a consultoria, virei um frenético. Não fico mais do que cinco minutos sem olhar para meu celular, e toda vez que ele toca (mesmo sendo fim de semana) eu fico arrepiado, tentanto imaginar quem pode ser, pedindo para eu voltar para São Paulo imediatamente para trabalhar. Será que existe algum Celulares Anônimos, ou será que um dia eu vou voltar ao normal, quando passar em algum concurso público?
(com relação ao post anterior: ontem fui ao shopping, não achei o presente. Hoje vou tentar outro shopping....)

segunda-feira, 14 de maio de 2007

As lojas de aeroporto salvam vidas!

Esta semana estou em BH, dando treinamento, algo um pouco mais leve, numa cidade bem melhor do que as últimas. Isso significa um bom hotel, e opções para comer, tomar um chopp, e compra presentes!
Esta semana é aniversário da minha namorada, e não posso chegar sexta-feira de mãos vazias. Nas últimas duas vezes que tive que comprar presentes, as lojas do aeroporto de Congonhas é que salvaram meu pescoço. Apesar de pagar mais caro (imagino eu, nunca fiquei comparando preço pra saber se realmente era mais caro), sempre tem algo diferente, que pode agradar. Principalmente uma lembrancinha, em datas simbólicas como Páscoa. Mas para um aniversário de namorada o aeroporto não ia ser suficiente. Ainda bem que estou perto de um shopping, e tenho mais opções. O que significa que vou perder tempo, já que ela vai acabar trocando mesmo.

domingo, 13 de maio de 2007

Aprendendo a fazer um blog

A postagem anterior eu escrevi direto no Blog. Agora esta estou mandando por e-mail. É impressionante como é fácil de criar um texto, e colocar no blog. Quando eu ganhar meu blackberry (que a minha empresa me prometeu), vou poder postar textos ao vivo, on-line, de qualquer lugar.
É isso que se espera de um consultor, certo? Aprender novas ferramentas em um dia, e no dia seguinte você já é um especialista, dando consultoria e treinamentos, estudando à noite para ensinar de dia.
É uma satisfação grande quando dá certo, e você se sente capaz de fazer isto com qualquer assunto. Mas isto vira uma dependência, porque este conhecimento é quase descartável. Você passa a ter uma idéia de muitas coisas, mas não é especialista em nada. A frase atual aqui do lado (dita por um amigo meu) reflete bem isso:
"Saber um pouco sobre um monte de coisa aparentemente não é tão interessante quanto saber um monte sobre algo específico. Saber muito, neste caso, é quase o mesmo que não saber coisa alguma."
Quando é que vamos ter tempo para estudarmos e realmente virarmos especialista em alguma coisa?

Primeira frase do primeiro blog

Sempre tive vontade de escrever algo, motivar discussões, compartilhar idéias, onde minhas palavras possam ser como uma fagulha. Ainda mais nesta época da minha vida, tão intensa e conturbada.
Depois de muito pensar e enrolar, decidi entrar na onda, e criar um blog.
O nome do blog vem da minha atual aventura. Consultor vem do meu emprego, sou consultor de uma empresa de TI, trabalhando com sistemas de gerenciamento de informações. Eremita vem da consequência deste emprego: como temos clientes espalhados por todos os cantos do Brasil, e alguns fora do país, passo quase todo meu tempo viajando, sozinho, dormindo cada dia numa cama diferente.
Um eremita vive num lugar isolado, deserto. Como quase não conheço ninguém nos lugares onde vou, sempre me sinto isolado, sozinho. Por isso a referência.
Pretendo neste blog falar sobre esta experiência, descrever os lugares onde estou, as descobertas que faço viajando e morando sozinho, as dificuldades, os sentimentos, e espero que mais pessoas nesta situação apareçam e também descrevam passagens de suas vidas.
Bom, é isso. Espero que este seja o primeiro texto de muitos, e que eu consiga alcançar meu objetivo, e que vocês gostem do que estão lendo.